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1. A tibieza espiritual disfarçada de prudência

O primeiro erro que retém as almas no purgatório é tão cotidiano, tão normalizado, que você se surpreenderá ao descobrir que Deus o leva tão a sério.

O primeiro erro que Santa Teresa viu em sua visão foi devastador por sua universalidade. Ela o chamou de a tibieza disfarçada de prudência. E segundo suas próprias palavras, é o erro que mais almas retém no purgatório, porque é o mais difícil de reconhecer em vida. O que é exatamente este erro? É a mediocridade espiritual que se justifica com desculpas piedosas. 

💬 É a alma que diz:diz
"

📿 Já rezo o suficiente, já vou à missa aos domingos. Já sou
melhor que a maioria."

É  a pessoa que cumpre o mínimo indispensável e crê que isso é suficiente para chegar diretamente ao céu.

👀 Teresa viu uma alma em particular durante sua visão. Era uma mulher que
havia vivido sem pecados graves, que nunca havia faltado à missa dominical,
que rezava o rosário ocasionalmente, uma boa cristã segundo os padrões humanos. Mas quando morreu e foi levada perante o juízo de Deus, a luz divina revelou algo aterrorizante.

💔 Seu coração havia estado morno durante toda a sua vida. Nunca havia dado um passo além do obrigatório.
 Nunca havia sacrificado algo importante por amor a Deus. Nunca havia saído de
 sua zona de conforto espiritual. Rezava sim, mas com a mente em outras coisas. Ia à missa, sim, mas chegava tarde e ia embora cedo. 

Ajudava a
 outros, sim, mas só quando lhe convinha e não lhe custava muito. O Senhor
 mostrou a Teresa como essa alma chorou ao compreender que havia desperdiçado toda uma vida de oportunidades para amar. oportunidades que Deus lhe havia dado a cada dia e que ela havia deixado passar por preguiça espiritual, por comodidade, por medo de que a considerassem fanática ou exagerada.

⏳ Esta mulher estava há 80 anos no purgatório quando Teresa a viu, 80 anos ardendo no fogo purificador, não por ter sido má, mas por não ter sido tão boa quanto podia ser. 80 anos sofrendo a ausência de Deus. Não por tê-lo rejeitado abertamente, mas por tê-lo mantido sempre a uma distância prudente. E aqui está a armadilha mortal deste erro. Disfarça-se de virtude. A alma morna diz a si mesma que está sendo prudente, equilibrada, sensata. Não quero ser extremista, pensa. Não quero cair no fanatismo. Deus entende que tenho outras responsabilidades. Deus não me pede tanto. Mas Santa Teresa
escreveu algo que deveria nos fazer tremer. A alma morna é mais difícil de
salvar que o pecador declarado. Porque o pecador ao menos sabe que precisa de
conversão, enquanto o morno crê que já está bem. Este erro se manifesta de mil
maneiras em nossa vida cotidiana.
É levantar-se pela manhã sem dedicar nem 5 minutos à oração, porque temos
pressa. É ir à missa como quem cumpre um trâmite burocrático, sem preparação, sem ação de graças, sem participação real. É ler as redes sociais durante horas, mas não ter tempo para ler, nem que seja um
parágrafo do Evangelho. É calar-nos quando deveríamos defender nossa fé por
medo do que dirão. É não corrigir nossos filhos em temas morais, porque não
queremos conflitos. É viver uma vida dupla onde somos
católicos aos domingos, mas mundanos o resto da semana. É dar esmola só quando nos sobra e nos sentimos generosos.
É perdoar só quando o ofensor se desculpa primeiro. Santa Teresa viu como
essas pequenas tibiezas se acumulam como gotas de água que terminam enchendo um oceano de mediocridade espiritual. E no
momento da morte, quando a alma vê com